Estimulação Cardíaca Artificial

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Cardiodesfibrilador

Cardiodesfibrilador ou Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI)

O CDI é uma pequena estrutura de titânio, com uma bateria em seu interior, do tamanho aproximado de um relógio de bolso e peso em torno de 70 gramas. Ele é implantado no tórax do paciente, sob o músculo peitoral ou sob a pele, logo abaixo da clavícula, no lado esquerdo do peito, na maioria das vezes. Além do próprio dispositivo, cabos-eletrodos (minúsculos fios isolados) são implantados até o interior do coração. Através dos eletrodos, o dispositivo pode tanto carregar informações do coração quanto, se necessário, empregar as terapias de desfibrilação.

Quem precisa de um CDI?

Conviver com uma doença cardíaca pode ser assustador, principalmente se há risco de ritmos cardíacos perigosamente rápidos e com potencial ameaça à vida. Felizmente um CDI pode proporcionar proteção e uma terapia salvadora, trazendo mais paz de espírito ao paciente, familiares e amigos.

O CDI é um minúsculo computador que monitora o coração continuamente. Sua principal função é identificar e tratar arritmias cardíacas graves (taquicardias) que possam colocar em risco a vida do paciente por provocar uma parada cardíaca. Neste cenário, o coração tenta contrair-se tão rapidamente que não consegue se movimentar, ficando como se estivesse apenas tremendo, sem conseguir bombear o sangue para o corpo. Caso não tratada, esta arritmia pode levar à morte em minutos. Para estes pacientes, o CDI pode fornecer proteção constante; é como ter uma equipe de emergência com você durante as 24 horas do dia, 7 dias por semana.

Quando o CDI detecta um ritmo cardíaco perigosamente rápido, ele dispara uma sequência de sinais elétricos de baixa intensidade direto ao coração, tentando assim corrigir a arritmia e impedir a parada cardíaca.  Se o ritmo cardíaco rápido continua, o CDI libera um choque salva-vidas e restaura um ritmo normal para o coração.

Se o seu cardiologista especialista em arritmias cardíacas lhe recomendou um CDI como a melhor forma de tratamento para a sua taquicardia, você poderá ter várias perguntas e preocupações. Abaixo algumas das mais frequentes:

Como é a cirurgia de implante de CDI?

Em nosso grupo, a cirurgia é realizada por pelo menos dois cirurgiões: um especialista em estimulação cardíaca artificial e outro em cirurgia plástica. O procedimento ocorre no centro cirúrgico, onde, antes da cirurgia, o paciente recebe um sedativo para dormir e ficar confortável, além de anestesia local. Entretanto, a depender de características pessoais, o procedimento pode ser executado sob anestesia geral.

Uma pequena incisão (corte cirúrgico) é feita pelo cirurgião plástico na parte superior do peito, abaixo da clavícula e perto do ombro. O especialista em estimulação cardíaca artificial leva então um ou dois cabos-eletrodos (finos fios isolados), guiados através de uma veia, até o interior do coração. Depois de testar os fios transmissores, faz a conexão com o dispositivo e testa sua configuração, para assegurar-se do adequado funcionamento, de acordo com as suas necessidades.

Insere-se o dispositivo preferencialmente abaixo do músculo peitoral (onde fica mais protegido e permite um aspecto estético final muito melhor e mais discreto), e o cirurgião plástico fecha a incisão com técnicas específicas. O paciente fica no hospital normalmente por uma noite, indo para casa no dia seguinte, após receber instruções sobre os cuidados necessários.

O que devo esperar durante a cirurgia de implante do cardioversor desfibrilador?

O procedimento para se implantar um dispositivo cardíaco pode ser executado sob anestésico geral ou local. Se for feito sob anestesia local, você receberá um medicamento para deixá-lo sonolento e confortável. O implante não requer cirurgia aberta, e a maioria das pessoas vai para casa dentro de aproximadamente 24 horas.

O dispositivo afetará minha aparência?

 Há quem imagine que resulte uma protuberância considerável onde o dispositivo cardíaco foi implantado. Contudo, em geral, você poderá notar apenas uma saliência sutil sob sua pele, onde o CDI estará localizado. Visando minimizar este desconforto, nosso grupo implanta os dispositivos eletrônicos preferencialmente abaixo do músculo peitoral (o dispositivo fica mais “escondido” e protegido), e sempre com a participação de um cirurgião plástico, que inicia e termina a cirurgia, utilizando técnicas específicas para uma cicatriz menor e mais discreta.

Terei que modificar meu estilo de vida?

 Embora um dispositivo cardíaco implantável permita, de modo geral, a participação nas atividades preferidas, o seu médico terá mais informações sobre as práticas que você talvez tenha que evitar. Isso pode incluir aquelas em que alguns segundos de inconsciência representem perigo para você mesmo ou para outros. Entretanto a maior parte das pessoas volta às suas atividades diárias normais assim que se recuperam completamente da cirurgia.

Existem riscos associados ao CDI?

 Os riscos associados a implante de CDI incluem infecção no local da cirurgia e/ou sensibilidade ao material do dispositivo, mas não se resumem a isso. Após receber um CDI, você terá limitações a respeito de radiação magnética e eletromagnética, aparelhos elétricos específicos e algumas ferramentas. Em caso de dúvida, fale com seu médico.

O tratamento com um CDI é prescrito pelo cardiologista especialista em arritmias cardíacas, mas nem todas as pessoas se beneficiam deste dispositivo. Converse com o seu médico para ver se o CDI é o mais indicado para você.

O que acontece quando recebo um choque?

Experimentar o choque de um CDI pode ser uma preocupação para muitas pessoas. Provavelmente o choque de um desfibrilador implantado o pegará de surpresa. Você pode sentir-se bem depois, ou sentir-se atordoado, enfermo ou desorientado. É importante conversar com seu médico e ter um plano preparado para que você saiba exatamente o que fazer se receber um choque. Talvez ele queira que você lhe telefone ou programe uma consulta se isso acontecer.

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